Processos mentais básicos para aprendizagem da Matemática na educação
infantil:
(Extraído de Educação
Infantil e percepção matemática, e Sergio Lorenzato)
Correspondência: ato de estabelecer uma relação “um a um”.
·
Um prato para cada pessoa;
·
Cada pé com seu sapato;
Mais tarde a correspondência será
exigida em situações do tipo: a cada quantidade, um numeral; a cada posição
(numa sequência ordenada), um número ordinal.
A correspondência é um processo mental fundamental para a construção do
conceito de número e das quatro operações. Grande parte das dificuldades que as
crianças apresentam, na aprendizagem inicial da aritmética, deve-se ao fato de
elas não terem compreendido o processo de correspondência em toda sua
abrangência.
A fim de facilitar a compreensão desse processo, a correspondência deve
ser abordada por etapas. Elas são quatro, com objetivos bem distintos e que
visam favorecer:
a) A percepção visual direta, apresentando uma disposição espacial que
ressalta a correspondência ótica, visual, de elemento para elemento.
●●●
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■■■■■■
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▲▲▲
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/ / / / / /
|
b) A percepção visual indireta, pois a disposição espacial dos elementos de
um conjunto é diferente da disposição espacial dos elementos do outro conjunto.
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■■
/ ■
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0 / / /
0 / / /
|
▲▲
▲▲
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/ /
|
0 0 0
|
c)
A correspondência de um elemento de
um conjunto, com vários elementos de outro conjunto, e vice-versa.
Ex: dois palhaços, dois chapéus, quatro sapatos e oito botões. A criança
deve dar a cada palhaço um chapéu, dois sapatos e quatro botões.
d) Associação de uma mesma ideia presente em dois objetos diferentes.
Ex: uma cartela com os desenhos de martelo, trem, escova de dente, pé e árvore
e outra com os desenhos de prego, folha, bota, trilhos e tubo de pasta de
dente.
Observação importante: Apesar de a correspondência ser um processo
necessário na formação do conceito de número, o fato de uma criança conseguir
realizar a correspondência um a um não garante que ela esteja percebendo que os
dois conjuntos têm a mesma quantidade de elementos.
Comparação: ato de estabelecer diferenças ou semelhanças.
·
Esta bola é maior que aquela;
·
Moro mais longe do que ela;
·
Somos do mesmo tamanho?
Mais tarde virão: quais destas
figuras são retangulares? Indique as frações equivalentes.
Naturalmente, a criança
já faz comparações fora da escola
tamanhos, formas, cores, quantidades. Cabe ao professor, na escola,
aproveitar esses conhecimentos para estimular as crianças a encontrar
semelhanças e diferenças que caracterizam o que desejam comparar.
O processo de
comparação envolve noções elementares como a de tamanho, distância, quantidade,
com as quais as crianças convivem desde cedo. Há que se considerar que:
a) O tipo mais fácil de comparação é aquele entre dois elementos da mesma
espécie.
b) Quando os elementos são de espécies diferentes é necessário cuidado em
não apresentar em um mesmo desenho, por exemplo, um grande rato e um pequeno
elefante e perguntar: “Qual é maior?” Qualquer resposta seria válida!
a) Toda comparação entre três elementos é mais difícil.
Por exemplo, comparar o tamanho de uma girafa, um gato e um rato. Está
embutida aí a ideia de relatividade: ao mesmo tempo que o gato é menor (que a
girafa) é maior (que o rato). Pressupõe também a transitividade: crianças
pequenas percebem a relação entre a e b e entre b e c, mas não podem perceber a
relação entre a e c.
a) o processo de comparação pode levar a criança a intuir a adição (e
consequentemente, a subtração). Ao perceber que um conjunto A é maior que um
conjunto B, “O que se deve fazer para que B tenha a mesma quantidade de A?”
Observe que a pergunta: o que fazer para que fiquem iguais sugere a
algumas crianças a repartição (e não a subtração, ou diferença): Se José ganhou
4 bolas e João ganhou 6, tire uma de João e dê a José.
João
|
José
|
●●●●●●
|
●●●●
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●●●●●
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●●●●●
|
b) a noção de igualdade está intimamente relacionada às noções de adição e
subtração. Na divisão por dois, convém verificar se as crianças entendem
facilmente as expressões “a mesma coisa”, “duas partes iguais”, “igual”, ou se
elas preferem “metade”, “a mesma quantidade”, “o mesmo número”. O importante é
que elas relacionem “metade” com “duas partes iguais”.
c)
Comparações propostas às crianças
devem favorecer quantidades discretas e contínuas:
o
Quantidades contínuas: compostas por partes não distintas, isto é, que são percebidas como um
todo. Uma fruta, um copo com água, uma bola de massinha, etc.
o
Quantidades discretas: (ou descontínuas) são compostas por elementos distintos: um conjunto de
figurinhas, de bonecas, de tampinhas, etc.
A comparação é fundamental para classificar,
seriar, incluir e para a conservação (não variação).
Classificação: ato de separar em categorias de acordo com
semelhanças ou diferenças.
·
Na escola, a distribuição dos alunos por turmas;
·
Arrumação de mochila ou gaveta;
·
Dadas várias peças triangulares e quadriláteras,
separá-las conforme o total de lados que possuem.
Uma vez realizada a
comparação, torna-se possível separar os objetos segundo o que eles têm em
comum, ou que têm de diferente. Muitas das dificuldades que surgem na
classificação estão no processo de comparação mal realizado. Para classificar é
preciso escolher ou determinar um critério, e este baseia-se em um atributo
comum aos elementos que serão classificados. A facilitação se dá por meio de auxílio
na percepção de semelhanças e diferenças entre os objetos. É preciso que as
crianças manuseiem os objetos e descrevam o que observam neles. Pesquisas e
conhecimentos advindos da prática docente sugerem que o estabelecimento de
critérios perceptuais (cor, forma, tamanho) surge antes e mais facilmente que o
estabelecimento de critérios conceituais (que são abstratos).
Em uma escala crescente
de dificuldade, poderia se proposto:
1. Agrupamento de objetos que possuem algo em comum facilmente perceptível.
Por exemplo, dadas 2 fichas azuis, 3 verdes e 4 amarelas, todas misturadas,
separar as amarelas.
2. Continuação da classificação por observação: o professor começa a fazer uma
classificação sem explicar qual é o critério utilizado e as crianças, por
observação, devem continuar a classificar usando o mesmo critério. Por exemplo,
20 ou 30 barras da Escala Cuisinaire de comprimentos 4, 5, 6 e 7 cm, o
professor inicia a separação por tamanho (ou cores) e as crianças por imitação
devem segui-lo.
a) o processo de comparação pode levar a criança a intuir a adição (e
consequentemente, a subtração). Ao perceber que um conjunto A é maior que um
conjunto B, “O que se deve fazer para que B tenha a mesma quantidade de A?”
Observe que a pergunta: o que fazer para que fiquem iguais sugere a
algumas crianças a repartição (e não a subtração, ou diferença): Se José ganhou
4 bolas e João ganhou 6, tire uma de João e dê a José.
João
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José
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b) a noção de igualdade está intimamente relacionada às noções de adição e
subtração. Na divisão por dois, convém verificar se as crianças entendem
facilmente as expressões “a mesma coisa”, “duas partes iguais”, “igual”, ou se
elas preferem “metade”, “a mesma quantidade”, “o mesmo número”. O importante é
que elas relacionem “metade” com “duas partes iguais”.
c)
Comparações propostas às crianças
devem favorecer quantidades discretas e contínuas:
o
Quantidades contínuas: compostas por partes não distintas, isto é, que são percebidas como um
todo. Uma fruta, um copo com água, uma bola de massinha, etc.
o
Quantidades discretas: (ou descontínuas) são compostas por elementos distintos: um conjunto de
figurinhas, de bonecas, de tampinhas, etc.
A comparação é fundamental para classificar,
seriar, incluir e para a conservação (não variação).
Classificação: ato de separar em categorias de acordo com
semelhanças ou diferenças.
·
Na escola, a distribuição dos alunos por turmas;
·
Arrumação de mochila ou gaveta;
·
Dadas várias peças triangulares e quadriláteras,
separá-las conforme o total de lados que possuem.
Uma vez realizada a
comparação, torna-se possível separar os objetos segundo o que eles têm em
comum, ou que têm de diferente. Muitas das dificuldades que surgem na
classificação estão no processo de comparação mal realizado. Para classificar é
preciso escolher ou determinar um critério, e este baseia-se em um atributo
comum aos elementos que serão classificados. A facilitação se dá por meio de auxílio
na percepção de semelhanças e diferenças entre os objetos. É preciso que as
crianças manuseiem os objetos e descrevam o que observam neles. Pesquisas e
conhecimentos advindos da prática docente sugerem que o estabelecimento de
critérios perceptuais (cor, forma, tamanho) surge antes e mais facilmente que o
estabelecimento de critérios conceituais (que são abstratos).
Em uma escala crescente
de dificuldade, poderia se proposto:
1. Agrupamento de objetos que possuem algo em comum facilmente perceptível.
Por exemplo, dadas 2 fichas azuis, 3 verdes e 4 amarelas, todas misturadas,
separar as amarelas.
2. Continuação da classificação por observação: o professor começa a fazer uma
classificação sem explicar qual é o critério utilizado e as crianças, por
observação, devem continuar a classificar usando o mesmo critério. Por exemplo,
20 ou 30 barras da Escala Cuisinaire de comprimentos 4, 5, 6 e 7 cm, o
professor inicia a separação por tamanho (ou cores) e as crianças por imitação
devem segui-lo.
a) o processo de comparação pode levar a criança a intuir a adição (e
consequentemente, a subtração). Ao perceber que um conjunto A é maior que um
conjunto B, “O que se deve fazer para que B tenha a mesma quantidade de A?”
Observe que a pergunta: o que fazer para que fiquem iguais sugere a
algumas crianças a repartição (e não a subtração, ou diferença): Se José ganhou
4 bolas e João ganhou 6, tire uma de João e dê a José.
João
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José
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b) a noção de igualdade está intimamente relacionada às noções de adição e
subtração. Na divisão por dois, convém verificar se as crianças entendem
facilmente as expressões “a mesma coisa”, “duas partes iguais”, “igual”, ou se
elas preferem “metade”, “a mesma quantidade”, “o mesmo número”. O importante é
que elas relacionem “metade” com “duas partes iguais”.
c)
Comparações propostas às crianças
devem favorecer quantidades discretas e contínuas:
o
Quantidades contínuas: compostas por partes não distintas, isto é, que são percebidas como um
todo. Uma fruta, um copo com água, uma bola de massinha, etc.
o
Quantidades discretas: (ou descontínuas) são compostas por elementos distintos: um conjunto de
figurinhas, de bonecas, de tampinhas, etc.
A comparação é fundamental para classificar,
seriar, incluir e para a conservação (não variação).
Classificação: ato de separar em categorias de acordo com
semelhanças ou diferenças.
·
Na escola, a distribuição dos alunos por turmas;
·
Arrumação de mochila ou gaveta;
·
Dadas várias peças triangulares e quadriláteras,
separá-las conforme o total de lados que possuem.
Uma vez realizada a
comparação, torna-se possível separar os objetos segundo o que eles têm em
comum, ou que têm de diferente. Muitas das dificuldades que surgem na
classificação estão no processo de comparação mal realizado. Para classificar é
preciso escolher ou determinar um critério, e este baseia-se em um atributo
comum aos elementos que serão classificados. A facilitação se dá por meio de auxílio
na percepção de semelhanças e diferenças entre os objetos. É preciso que as
crianças manuseiem os objetos e descrevam o que observam neles. Pesquisas e
conhecimentos advindos da prática docente sugerem que o estabelecimento de
critérios perceptuais (cor, forma, tamanho) surge antes e mais facilmente que o
estabelecimento de critérios conceituais (que são abstratos).
Em uma escala crescente
de dificuldade, poderia se proposto:
1. Agrupamento de objetos que possuem algo em comum facilmente perceptível.
Por exemplo, dadas 2 fichas azuis, 3 verdes e 4 amarelas, todas misturadas,
separar as amarelas.
2. Continuação da classificação por observação: o professor começa a fazer uma
classificação sem explicar qual é o critério utilizado e as crianças, por
observação, devem continuar a classificar usando o mesmo critério. Por exemplo,
20 ou 30 barras da Escala Cuisinaire de comprimentos 4, 5, 6 e 7 cm, o
professor inicia a separação por tamanho (ou cores) e as crianças por imitação
devem segui-lo.
1. Classificação de objetos que exige descoberta de um critério. Por
exemplo, apresentar ao mesmo tempo uma fruta, uma folha (de árvore) uma
borracha e um pedaço de pão. As crianças devem descobrir um critério para
separá-los, tal como comestível ou não, mole ou duro, cor, etc.
2. Classificação dos mesmos objetos por distintos critérios. Por exemplo,
classificar os sapatos das crianças por tamanho, depois por cor, depois por
tipo (aberto, fechado, de amarrar, etc.).
3. Classificação dentro de outra classificação:
·
O material que cada criança leva para
a escola (para se agasalhar, para comer, para pintar, etc.) pode ser
classificado em ficar fora ou dentro da mochila; o material de dentro da
mochila pode ser classificado em comestível ou não.
·
Ao chegar das compras do
supermercado, escolher o que vai para a geladeira.
·
Dado um conjunto de sólidos
geométricos, separá-los por ter ou não pontas, e estes, por rolarem ou não.
Esse último tipo de classificação permite à criança a
percepção da inclusão, a ideia de conter e estar contido, de “estar dentro de”,
de subconjunto.
Sequenciação: ato fazer suceder a cada elemento um outro sem
considerar a ordem entre eles.
·
Chegada dos alunos à escola.
·
Entrada dos jogadores de futebol em campo.
·
Compra em supermercado.
Sequenciar é fazer
suceder a cada elemento um outro qualquer, isto é, a escolha é feita ao sabor
do momento e não por critérios preestabelecidos. Sua importância está em
preparar o contraste com a seriação, em que a ordem dos elementos influirá nos
resultados.
Atividades
interessantes: bandeiras de São João, colar com macarrão, etc.
Seriação: ato
de ordenar uma sequência segundo um critério.
·
Fila de alunos, do mais baixo ao mais alto;
·
Lista de chamada dos alunos;
·
Numeração das casas na rua;
·
Calendário;
·
O modo de escrever os números (123 é diferente
de 321).
Enquanto na
sequenciação cada elemento vem atrás do outro sem obedecer qualquer critério,
na seriação a sucessão se dá obedecendo a uma ordem preestabelecida. Por isso a
seriação é também chamada de ordenação. A ideia de ordem aparece naturalmente
na mente das pessoas, desde os primeiros anos de vida e está fortemente
presente em nosso cotidiano. A ordem é uma ideia fundamental para a construção
dos conhecimentos matemáticos e, para que as crianças tenham sua compreensão
facilitada, a seriação deve ser elaborada:
a) Com objetos cujas diferenças estejam bem realçadas;
b) Utilizando, no máximo, quatro objetos;
c)
Inicialmente, com objetos
diferenciáveis por apenas uma de suas características (cor, tamanho, posição,
etc.), para em seguida, duas características serem consideradas;
d) Sempre que possível, utilizando também a ordem inversa.
Além do processo de
seriação ser fundamental à formação do conceito de número, ele presta-se também
para a introdução de vocábulos específicos, tais como: primeiro, segundo,
terceiro..., último, meio, antes, depois, frente, atrás, direito, esquerdo,
alto, baixo, etc. Note que todas essas palavras são exemplos de seriação.
Inclusão:
ato de fazer abranger um conjunto por outro.
·
Incluir as ideias de laranjas e de bananas em
frutas;
·
Meninos e meninas em crianças;
·
Professor e porteiro em trabalhador na escola;
·
Losangos, retângulos e trapézios em
quadriláteros.
A criança sabe a qual grupo pertence
(está incluída) e conhece as fronteiras de cada grupo, seja ele familiar,
escolar, de amizade. Nesse saber já estão presentes as noções de pertinência
(elemento pertence ao conjunto), de abrangência do conjunto, de comparação9
(semelhanças e diferenças) e de classificação. Mais tarde essas noções serão
ampliadas com a descoberta de que a escola fica num bairro, o qual pertence a
uma cidade, que pertence a um estado, que fica no Brasil, que é um país da
América Latina e, assim por diante.
No entanto, nem sempre a ideia de
inclusão é de fácil percepção, até mesmo para muitos adultos: se fosse fácil,
não teríamos tantos professores acreditando que quadrado não é retângulo,
apesar de saberem que retângulo é um quadrilátero que tem quatro lados
paralelos, dois a dois, e quatro ângulos iguais. Crianças na educação infantil
também indicam ter dificuldade para perceber a inclusão, pois quando se pergunta
a elas “Existem mais mães que mulheres?”, muitas respondem “Mais mães”.
A percepção da inclusão oferece dois
tipos de dificuldade.
·
De ordem intrínseca – exige dupla e
simultânea percepção. Por exemplo, diante de uma turma com 18 meninos e 15
meninas, o professor pergunta: - Nessa turma há mais meninos ou crianças? É
forte a tendência de as crianças compararem a quantidade de meninos com a de
meninas: estão comparando os subconjuntos entre si e não um subconjunto com o
todo.
·
De ordem extrínseca – constituída por
dois fatores. Por exemplo, ao comparar um quadrado e um retângulo, um fator é a
dificuldade visual (as representações do quadrado e do retângulo são comumente
diferentes); o outro fator é o saber popular (quadrado é quadrado e retângulo é
retângulo).
Durante a construção do conceito de
número as crianças também precisarão da inclusão, pois em um primeiro momento
alas concebem o 5 completamente distinto e independente do 4, mas, para ampliar
sua compreensão, elas precisarão perceber que não existe a quantidade 5 sem a
4. Ou seja, o 4 está incluído no 5.
Pela importância que a
inclusão tem para as aprendizagens posteriores, pela frequência com que aparece
nas situações cotidianas e pelas dificuldades inerentes, sugere-se dois tipos
de atividades sobre inclusão:
1. Apresentar um gato entre quatro tipos de flores, ou uma ferramenta entre
alguns diferentes animais, ou ainda uma bola ao lado de uma laranja, uma banana
e um abacaxi, para que a criança indique qual elemento não pertence à categoria
dos outros (esses por serem a maioria, impõem sua característica ao conjunto).
1.
Apresentar dois conjuntos para que a
criança verifique se um deles é subconjunto do outro. Por exemplo:
·
a sala de aula faz parte da escola,
·
carro, canoa e bicicleta são meios de
transporte,
·
martelo, cesta, computador, enxada
são instrumentos de trabalho.
Se o professor desejar aumentar a
complexidade:
·
dizer parente e as crianças sugerem
tio, primo, irmão;
·
dizer legume e as crianças sugerem
cenoura, batata.
Conservação:
ato de perceber que a quantidade não depende da arrumação ou forma ou posição.
·
Uma roda grande e outra pequena, ambas formadas
com a mesma quantidade de crianças;
·
Um copo largo e outro estreito, ambos com a
mesma quantidade de água.
Mudar um quadrado de posição faz com
que se transforme em losango, ou sempre continuará quadrado, independente da
posição?
Será que a quantidade de objetos se
altera, dependendo da arrumação deles?
♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦
♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ ♦
As diversas respostas a essas perguntas também
podem ocorrer diante de questões sobre variação de comprimento, de peso, de
volume, de superfície, dependendo do estágio de desenvolvimento de quem
responde. Assim, as crianças com menos de 7 anos, diante de dois pedaços de
barbante de mesmo comprimento, sendo um colocado em linha reta e outro em linha
curva, geralmente acreditam
que um deles é maior que o outro.
Diante de dois conjuntos de tampas, cada um com sete, sendo um deles
apresentado em fila, com uma encostada na outra e outro, também com sete, mas
com espaço entre as tampas, as crianças geralmente dizem que a segunda fila tem
mais tampas que a primeira. Isso ocorre porque nesse estágio do desenvolvimento
as crianças ainda não dominam o processo de conservação. Este só é dominado
quando as crianças conseguem discernir as modificações que influem nas
propriedades de um conjunto, figura ou objeto, das modificações que não atuam
nas propriedades, apenas na aparência deles.
O processo de conservação de volume mostra-se mais difícil que o de área
ou comprimento, assim como a conservação de grandezas contínuas é mais difícil
que a conservação de grandezas discretas.
A conservação é fundamental para o desenvolvimento do processo de
reversibilidade (a toda ação existe outra de efeito oposto), que por sua vez,
será básico para a compreensão de conceitos aritméticos e geométricos
posteriores.
Adorei a clareza dos textos e principalmente a leitura e maiores esclarecimentos feitos em sala de aula. sem dúvida saimos desta disciplina mais aptos ao exercício da pedagogia.
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